A bem vinda chuva de ontem veio aliviar a seca, melhorar a qualidade do ar e nutrir árvores, flores, plantas e todos seres vivos que se ressentiam de mais de 130 dias sem chover no Distrito Federal .
Ela chegou forte, escancarando as fragilidades de Brasília, pela falta de um planejamento que considere as sensibilidades ambientais do território. Alagamentos, quedas de árvores são cenas recorrentes, resultantes de erros recorrentes. Os alertas da natureza não param. Longos períodos de seca e chuvas torrenciais encontram no solo impermeabilizado uma rota livre para alagamentos, que arrastam carros, árvores e casas.
Nesse contexto, o GDF anuncia a construção de pontes e condomínios em áreas sensíveis, impermeabilizando o solo sobre mananciais, e colocando nascentes em risco, na Serrinha do Paranoá.
Mais do que alertar sobre riscos, a sociedade, por meio de entidades e especialistas das áreas de urbanismo, meio ambiente e transportes público, indagam: até quando o Governo cometerá os mesmos erros, priorizando o interesse da especulação imobiliária em detrimento do interesse público?
Até quando elegeremos dirigentes que se orgulham de obras, sem considerar consequências imediatas e o futuro da cidade?
Fórum de Defesa das Águas
Associação Rede de Preservação e Desenvolvimento Sustentável da Serrinha do Paranoá